18 de mai. de 2012

Inventada prótese que reduz a dor fantasma em amputados



Estudante americana inspirou-se no pai, veterano da Força Aérea americana, para criar solução contra dor em membros amputados, que aguarda patente para ser comercializado
É necessário ter conhecimentos técnicos avançados para se tornar um inventor? A história de Katherine Bomkamp prova que não. Aos 20 anos, a jovem teve a ideia por trás do Pain Free Socket, prótese que pretende reduzir a dor em membros fantasmas de amputados. O equipamento, agora aguardando patente, funciona aplicando calor na articulação do amputado por meio de um “biofeedback” térmico. A teoria é de que, quando as terminações nervosas são aquecidas, o cérebro é forçado a se concentrar no calor em vez de enviar sinais ao membro ausente.
Estudante da West Virginia University, Bomkamp estava no colegial quando começou a trabalhar na invenção. Na época, ela não tinha conhecimento nenhum de engenharia química ou elétrica, essenciais para a criação do aparelho. “Era tudo estranho para mim. Eu não tinha interesse em engenharia antes disso”, afirmou a estudante, que fazia um curso técnico de justiça criminal durante o ensino médio em Maryland. Na faculdade, ela estuda ciência política e quer, no futuro, cursar a faculdade de Direito.
Sua experiência mostra como ambição, persistência e uma grande dose de curiosidade podem estabelecer a base para conquistas revolucionárias, mesmo as tecnológicas. E também mostra que se apoiar na experiência e recursos dos outros costuma ser tão bom quanto ou melhor que fazer tudo sozinho. Líderes empresariais como Steve Jobs sabiam disso. E, mesmo assim, quando pensamos em inventores, vem à nossa mente uma alma solitária encolhida em um laboratório no porão durante semanas ou meses antes de surgir anunciando uma vitória conquistada sozinha.
As sementes do Pain Free Socket foram plantadas quando ela, filha de um veterano inválido da Força Aérea, teve de passar horas em salas de espera do Centro Médico Militar Walter Reed – hospital na Virgínia que já foi fechado – sentada entre soldados feridos que haviam voltado do Iraque e Afeganistão, muitos dos quais amputados.
“Eles me contavam suas histórias e sempre mencionavam a dor fantasma.” Ela começou a pesquisar o problema e descobriu que a “maioria dos amputados recebe antipsicóticos e barbitúricos, que são caros e têm uma taxa elevada de vício”. “Então quis ver se poderia eliminar a necessidade dessas drogas holisticamente.” Uma oportunidade de ir atrás da ideia surgiu quando o professor de química anunciou uma feira de ciências. Querendo “fazer algo significativo que impactasse a comunidade”, ela decidiu trabalhar num equipamento para tratar a dor fantasma.
“Meu processo de pensamento foi: quando estiro um músculo, aplico calor nele. Se eu aplicasse o mesmo conceito para tratar a dor fantasma, pensei que poderia funcionar.” O único problema era a execução. Não havia ninguém mais distante da definição de ‘geek’ de matemática ou ciências do que Bomkamp; não havia como ela conseguir sozinha. Assim, ela começou a enviar e-mails a professores de engenharia de universidades da área pedindo seu auxílio. “Todos foram muito receptivos. Todos me convidaram para ir trabalhar em seus laboratórios. Escolhi a Universidadede Maryland por ser a mais próxima de casa.”
E assim, toda sexta-feira, ela faltava à escola – com autorização – e a mãe a levava à cidade de College Park. Lá, ela trabalhou com o professor Gilmer L. Blankenship no departamento de engenharia elétrica e computacional, e seu chefe de laboratório, Jay Renner. “Eles me ensinaram o elementar da engenharia elétrica — programação elétrica, transmissão de calor. Basicamente, tiveram de me ensinar tudo.”
Eles a ajudaram a construir um encaixe de prótese como primeiro protótipo; meias elétricas, do tipo usado por caçadores, serviram como fonte de calor do equipamento. Só que a engenharia era apenas metade da batalha. Bomkamp queria expandir a invenção e construir um membro prostético. Quem o construiria sem cobrar 15 mil dólares (cerca de 28 mil reais), o custo típico de um membro artificial?
Novamente, ela se valeu da pesquisa básica, imprimindo os nomes das empresas de prótese que encontrou no site da Amputee Coalition of America e fazendo telefonemas. “Muita gente desligava dizendo que não ia dar certo, que eu não passo de uma criança, que não devia perder o tempo deles.” Por fim, ela contatou Jake Godak, que na época trabalhava na Cascade, fornecedora de órteses e próteses de Chico, Califórnia, e que continua dando consultoria sobre o tema.
“Ele disse que poderia funcionar e construiu o encaixe e uma perna para mim. Ainda trabalho com ele.” No protótipo de segunda geração, os encaixes aquecidos foram substituídos por nervuras, e o sistema eletrônico permitia ao amputado controlar a temperatura do encaixe. O equipamento “parece ser um protótipo bastante promissor como uma das possíveis formas de os amputados lidarem com a dor fantasma”, disse Joe McTernan, diretor de códigos e reembolso, educação e programação da American Orthotic Prosthetic Association.
Na West Virginia University, Bomkamp granjeou um novo grupo de orientadores no programa de empreendedorismo da faculdade. Ela abriu uma empresa e está trabalhando nos protótipos de terceira e quarta geração. Eles terão placas eletrônicas menores e mais compactas, podendo ser controladas por celular.
Enquanto isso, ela fez um pedido de patente, e o aparelho será testado. Ela também está conversando com uma empresa nacional de próteses sobre licenciar os direitos para vender o equipamento, que deve ser aprovado pela Food and Drug Administration (organismo que controla alimentos e medicamentos nos Estados Unidos). Ela espera receber uma pequena porcentagem em royalties das vendas futuras. Tirando isso, ela é apenas uma universitária comum — ou quase.
“Sem dúvida nenhuma, não tenho a vida estudantil típica, mas ao mesmo tempo, tenho. Ainda me preocupo com as provas e em conseguir uma bolsa de estudos. Todavia, já sou uma CEO, tenho esse projeto e faço viagens de negócios. Eu me equilibro entre os dois lados.” E, sim, ela venceu a feira de ciências do colegial.

28 de mar. de 2012

Dor do"membro" Fantasma


Dor Fantasma

Sintomas e Sinais

A Dor Fantasma é definida como aquela referente à retirada cirúrgica de um membro ou parte dele, porém esse termo não tem um conceito clínico muito bem definido. Ela compreende um indefinido e incomparável fenômeno sensorial. Dor no coto da amputação e dor no membro antes da amputação (dor pré-amputação) são distintas de dor fantasma propriamente dita. Outros fenômenos sensoriais como parestesias e feridas não podem ser incluídas no termo “dor fantasma”.
A delimitação clínica da dor fantasma é dificultada por diferenças no limiar da dor e na sua tolerância de um amputado para outro, soma-se a isso ainda o modo como as sensações dolorosas são relembradas e descritas.

Freqüência da Dor Fantasma
A dificuldade de definição da dor fantasma é claramente refletida no estudo da freqüência dos casos. A tabela abaixo demonstra a grande variação: em algumas pesquisas a dor é relatada por 2% dos pacientes, número que em outras pode variar até 97%. A proporção relativa dos amputados em grupos "com dores crônicas" e "sem dores crônicas" varia inevitavelmente de um estudo para o outro, dependendo da definição que se dá às palavras "crônica" e "queixa".
Dores Fantasma severas são geralmente relatadas em 0,5-5% dos casos. O número de pacientes que seguem algum tratamento analgésico também varia. Numa pesquisa em que 50-75% dos pacientes relataram dor fantasma, somente 20% faziam tratamento para sua dor.
 Em outro estudo muitos amputados com dor fantasma tinham a impressão que de os médicos consideravam sua dor pura imaginação.

Referências da dor Fantasma
A dor está presente na primeira semana após a amputação em 50-75% dos casos, mas ela pode aparecer após meses ou até vários anos.

Localização da dor
A dor fantasma está localizada principalmente na parte distal do membro fantasma. Assim, temos por exemplo uma pesquisa realizada com 64 pacientes que tiveram suas pernas amputadas acima do nível do joelho e que apresentavam dor fantasma.
Resultado:
  • 66% tinham dor no pé os nos dedos
  • 39% tinham dor na panturrilha
  • 6% tinham dor na coxa
O gráfico acima mostra a distribuição da dor fantasma em amputados em diferentes intervalos de tempo após a perda do membro. Percebe-se claramente que a maioria das dores fantasma localizam-se na parte distal do membro.

Tipos de Dor Fantasma
Existe uma grande variedade de descrições de amputados em que as dores parecem pouco ou não tem nenhuma semelhança com uma experiência sensorial anterior. Muitos consideram que a dor é bastante diferente para ser comparada a um caso dito típico de dor fantasma: sentir que a mão ou pé comprimem os dedos, apertando as unhas dentro da palma da mão ou planta do pé. Entretanto, 16% dos pacientes relatam esse tipo de dor. Há tipos de dor como ardor, aperto, compressão são relatados pela maioria.

A carência geral de estudos nos quais os fenômenos da pré-amputação são recordados pelos pacientes trazem dificuldades em determinar a validade das informações sobre esse tipo de dor.

Duração da Dor Fantasma      
É geralmente dito que a dor fantasma diminui gradualmente e finalmente desaparece durante os primeiros anos. Parkes (1973) fez uma pesquisa aonde 63% dos pacientes apresentavam dores fantasmas médias ou severas imediatamente após a amputação do membro; após 13 meses somente 30% dos pacientes ainda apresentavam dor intensa. Outros pesquisadores relataram que 50-75% dos amputados tem dor fantasma após muitos anos. Num estudo de Sherman com 2694 pacientes amputados que apresentavam dor fantasma, 51% tem dor mais de 6 dias/mês e 44% não notaram diminuição da dor durante 30 anos.
Entretanto, a carência na seleção dos pacientes, junto com a falha de distinção entre as diferentes categorias de dor fantasma, tornam difícil determinar o curso temporal e estimar exatamente a incidência da persistência da dor fantasma.
Noutro estudo, a incidência da dor fantasma uma semana, 6 meses e dois anos após a amputação foi de 72, 65 e 59% respectivamente. Embora a incidência da dor fantasma não ter diminuído significativamente durante os 2 anos seguintes, a duração e a freqüência dos ataques de dor diminuíram significativamente. Assim, 2 anos após a amputação, somente 21% dos pacientes tinham ataques diários de dor e nenhum apresentava dor constante.
A dor severa persiste somente em uma pequena fração dos amputados, na ordem de 5 –10%.

Modulação sobre a dor Fantasma
A experiência de um membro fantasma, doloroso ou não, varia consideravelmente entre os indivíduos e mesmo no próprio paciente. Muitos estímulos internos e externos modulam a Dor Fantasma. As zonas de gatilho podem estender-se do mesmo lado ou do lado oposto do corpo.
O quadro abaixo mostra fatores relatados pelos amputados que modificam a experiência dolorosa:

Feinstein mostrou e Noordenbos confirmou que a cauterização da medula por injeção salina hipertônica no tecido do espaço interespinhal L4-L5 aumenta a dor no membro fantasma e daí produz um conhecimento de todo o membro perdido por um longo, geralmente permanente, alívio da dor.
Isto prova que a experiência de dor fantasma é um resultado não de um único evento, mas da interação de vários efeitos neuronais.

Dor da pré-amputação
Muitos casos relatam que pacientes que tiveram dor no membro antes da amputação estão mais susceptíveis a apresentar dor pós-amputação. As características dessa dor (tipo, localização, modulação...) parecem-se muito com as da dor experimentada antes da amputação. Muitos estudos, porém não todos propuseram que a dor fantasma é mais freqüente em pacientes que sofreram de grave dor pré-amputação do que naqueles que não apresentaram esse tipo de dor. Num estudo encontrou-se 44 pacientes que provavelmente tiveram experiência dolorosa pré-amputação. Em 57% deles a dor fantasma era bem similar à experiência vivida anteriormente.
O gráfico abaixo mostra a proporção de amputados, que desenvolveram dores fantasmas similares ou diferentes quanto à localização e tipo que a dor da pré-amputação.
(I = 8 dias após após amputação; II = 6 meses após; III = 2 anos após)

Lesão do Sistema Nervoso
Uma experiência de membro fantasma estabilizado, doloroso ou não, pode ser drasticamente mudada por lesões no cérebro e na medula espinhal. Um infarte no cérebro na parte posterior da cápsula interna faz o membro fantasma desaparecer. Disfunções cerebrais transitórias podem mudar o fantasma temporariamente. Lesões na medula espinhal podem aumentar ou apagar a experiência do membro fantasma.

Fatores psicológicos
O grande impacto psicológico da perda de um membro é evidente e vários distúrbios emocionais surgem na adaptação física e social: depressão, amargura, pena de si mesmo estão várias vezes presentes em pacientes com membro fantasma. É evidente que distúrbios emocionais podem engatilhar e agravar a dor.

Parkes sugeriu que as queixas de dor persistente eram relatadas em pacientes com personalidade forte.

Embora fatores emocionais provavelmente influenciem na ocorrência e persistência da dor, não se sabe se distúrbios emocionais são a causa da dor fantasma. Os aspectos motivacionais e afetivos de qualquer síndrome de dor crônica dificultam, claro, a determinar se desordens emocionais são manifestações da dor ou determinantes etiológicos.

Assim, não há evidências óbvias de que distúrbios de personalidade são mais freqüentes em casos de amputados com dor fantasma que em casos sem dor.

Outros fatores    
O significado da causa e nível da amputação no desenvolvimento e persistência da dor é controverso. Alguns estudos acharam que dor fantasma é mais comum em amputados por acidentes militares e dos membros superiores do que em amputados civis e dos membros inferiores. Porém, há estudos que encontraram resultados opostos. Estudos sobre sexo, lado, nível, idade ou causa não relatam dados relevantes.
Autores propõem que a perda repentina do membro é um fator necessário para a ocorrência do fenômeno, mas a perda gradual do membro devido à lepra não previne a ocorrência do membro ou dor fantasma, como constatado por Price (1976).

Dor do coto   
A literatura raramente distingue entre dor do coto e dor fantasma. Dor imediata pós – operatório se segue após a maioria das intervenções cirúrgicas e a amputação de um membro não é exceção à regra.
Um estudo comprovou que a dor do coto ocorre em 50% dos casos durante a primeira semana. O interessante é que a dor persiste apesar de uma ferida estar aparentemente curada. Esta dor é comumente descrita como uma sensação de pontos mais delicados, sensíveis; sensações de pontadas ou de corrente elétrica; os quais estão precisamente localizados no coto e freqüentemente no aspecto posterior a sua cicatriz.
Estas dores podem ser facilmente engatilhadas por estimulação do coto com agulhadas ou pressionando os neuromas. Uma variante desse tipo de dor é a denominada “nerve storm” com ataque doloroso de até 2 dias de duração. A dor é aguda, com disparos aumentando e diminuindo de minuto a minuto. Há também sensação de queimação do coto que pode ser iniciada por toque de luz e se igualmente caracterizar como a síndrome da dor do coto. Em casos mais tardios o coto pode aparecer atrofiado, frio, cianótico e suado.
Movimentos espontâneos denominados coréia do coto, tic doloroso, “epilepsie du moignon” compõem parte da dor fantasma. Estes movimentos duramente visíveis como contrações musculares súbitas e involuntárias do coto são raramente relatados. Em algumas pesquisas 57% dos pacientes sofrem a dor do coto imediatamente após a amputação. No início do período pós-operatório a dor do coto é comumente associado a agulhadas, fincadas, etc., características que gradualmente mudam para uma dor maior, do tipo queimação ou esmagamento. A dor fantasma é significantemente mais freqüente nestas amputações com a dor do coto do que naquelas sem a mesma.

Patologia do coto associada com dor fantasma e/ou dor do coto
Exames do coto freqüentemente revelam precisamente patologias encontradas que podem explicar a dor do coto e/ou a dor fantasma:
- Patologias da pele
- Distúrbios circulatórios
- Infecções da pele, tecido adjacente ou ossos.
- “Esporas nos ossos”
- Neuromas
É importante como sempre enfatizar que apesar da dor fantasma e do coto serem mais freqüente em pacientes com a patologia do coto do que em pacientes sem patologia encontrada, ela pode ocorrer em pacientes com cotos perfeitamente curados. Isto significa ou que as condições periféricas não são o único fator responsável pela dor ou que a habilidade de detectar mudanças patológicas na periferia é insuficiente. Uma sistemática análise da sensibilidade do coto nas amputações não tem sido concluída. Num trabalho inicial é preciso notificar cuidadosamente que a examinação da sensibilidade do coto revela áreas de sensibilidade alterada (por exemplo – hipoalgesia, hiperalgesia, hiperpatias ou alodínia) em quase todas as amputações.
O significado desses distúrbios sensoriais na periferia para o fenômeno do membro fantasma é dado como desconhecido.

Dor após lesão de nervos
Após qualquer lesão de nervos, há um risco potencial de que se desenvolva uma dor persistente na área atingida, seja qual for a etiologia e a localização da lesão.
A amputação representa a forma mais radical de lesão de nervos. Michell (1872) introduziu o termo causalgia para um tipo de dor em queimação após grandes lesões que ocorriam freqüentemente em campos de batalha.
Dores geradas por lesões de nervos compartilham varias características vistas nas dores causadas por neuropatias:
1. início demorado;
2. sensações anormais, usualmente do tipo de queimação;
3. ataques de dores em formas de punhaladas e fisgadas;
4. dor na área com déficit sensorial;
5.dor provocada por estímulos inócuos (alodínia);
6. desenvolvimento de sensações geradas após impulsos repetitivos.
A tabela abaixo , mostra algumas características e características diferenciais de vários tipos de dor de lesão em nervos:
Como pode-se observar a partir da tabela acima, a dor após a amputação é quase idêntica à encontrada na causalgia, com exceção da hiperatividade simpática. Enquanto alguns autores consideram a hiperatividade simpática como uma característica da causalgia, esta visão não é aceita por todos. Lesões do nervo mediano e do nervo esquiático são aquelas mais freqüentemente associadas com a causalgia, enquanto que lesões do nervo radial raramente produzem causalgia. A Causalgia usualmente ocorre após lesões proximais e tipicamente a dor é referida a partes distais do membro. O envolvimento variável do sistema nervoso simpático na dor relacionada à lesão de nervos confirma termos como dor simpático-dependente e dor simpático-independente.

Membro Fantasma
Experiências com pacientes que possuem um membro fantasma podem variar consideravelmente desde uma precisa e distinta réplica da parte perdida até uma transitória, vaga e formigante sensação em partes do membro inexistente.

Definiu-se então como membro fantasma a experiência de possuir um membro ausente que se comporta similarmente ao membro real e sensações de membro fantasma como vários tipos de sensações referidas ao membro ausente.

Segundo pesquisas quase a totalidade de pessoas amputadas tem a sensação de realidade do membro.

Freqüência
Estudos indicam que 80 a 100% dos amputados vão experimentar sensações de membro fantasma em algum momento após amputação.
O membro fantasma é raramente observado em amputações congênitas ou em crianças amputadas antes de 6 anos de idade.
Características clínicas
Apesar de variações, a experiência com membro fantasma demonstra características tão comuns que o fenômeno pode ser dividido em categorias
1.) Sensações Simples:
- toque
- temperatura
- pressão
- coceira
- outros
2.) Sensações Complexas
- postura
- comprimento
- volume
3.) Movimentos
- Movimentos desejados
- Movimentos espontâneos
- Movimentos associados
 Algumas vezes o senso de realidade do membro perdido é tão vívido que o defeito somático é esquecido. Sensações simples e complexas e sentimentos de movimentos contribuem para a imagem do membro fantasma.

Sensações Simples
Sensações cutâneas do tipo formigamento, pontadas, calor, frio, coceira são reportados. Normalmente são sensações indiferenciadas e de localização difusa.

Sensações Complexas
A maioria das pessoas amputadas tem um senso de posição, comprimento e volume do membro amputado. A posição sentida pode ser relaxada, fixa ou distorcida. Por exemplo: o braço pode ser sentido relaxado ao lado do corpo, movendo livremente durante caminhada ou estar em uma posição com o cotovelo flexionado e o antebraço sobre o peito. Em aproximadamente 10% dos pacientes o membro é percebido em posições distorcidas e bizarras assimilando à posição imediatamente antes da amputação.
Berger e Gerstenbrand (1981) encontraram membros fantasmas em 33 de 37 pacientes com lesões espinhais sendo que na maioria a posição fantasma se assemelhava à posição do acidente.

Movimentos
Mais de 50% dos amputados experimentaram movimentos do membro mais freqüente em braços e amputações distais. Os movimentos podem ser desejados geralmente se restringirem a movimento de flexão e extensão.
As sensações do membro fantasma podem ser aumentadas ou atenuadas por fatores externos e estímulos internos (defecação, micção, ejaculação, mudança de temperatura, atenção visual, pensamento no membro, emoções, etc)
Apesar da sensação do membro poder resistir constante por anos seguidos o membro fantasma em via de regra passa por importantes mudanças nos dois primeiros anos após a amputação.  
Telescoping
Esse é um fenômeno que se refere ao encolhimento do membro onde os dedos das mãos os dos pés gradualmente e de maneira difusa aproximam-se dos coto até estarem acoplados a este.

 
O tempo decorrido até o desenvolvimento do fenômeno telescoping estar completo varia mas o processo é geralmente completado no primeiro ano. A maioria dos autores concordam que o fenômeno do telescoping acorre em 25 a 75% dos casos e mais freqüentemente em amputações de braço que de pernas.
O nível onde foi feita a amputação não influencia nem a incidência do fenômeno de telescoping ou a freqüência que ele acorre. As partes distais do membro fantasma, entretanto, retém seu tamanho normal por mais tempo que as partes proximais. Isto pode resultar em experiências como mãos gigantes ou dedos acoplados ao coto, ou mesmo uma mão esmagada ou apertada em um coto pequeno.
São usualmente membros indolores que encurtam. A dor do membro pode prevenir ou retardar o desenvolvimento do telescoping e um membro que já sofreu o problema do telescoping pode temporariamente aumentar durante os ataques de dor.
Separadamente dessa regressiva deformação em tamanho e comprimento do membro, a freqüência e a intensidade das sensações do membro fantasma também diminuem com o passar do tempo. Foi constatado que após o primeiro ano de sensações fantasmas o membro está sujeito a somente pequenas mudanças. O fenômeno também muda de localizações principalmente proximais e distais ao longo do tempo.
Usualmente somente pequenas “ilhas” do membro perdido são sentidas. Por exemplo: nas mãos o polegar e o indicador são as principais partes sentidas, enquanto na perna, o dedo maior e o calcanhar são as partes mais vividamente sentidas. Em nenhuma instância a forma de experiência do membro fantasma corresponde a suprimentos de nervos periféricos conhecidos ou dermátomos particulares.

Obs.: Sensações de membro fantasma podem ser sentidos após amputação de partes do corpo que não são membros tais como nariz, globo ocular, língua, dente, pênis, reto e seio.

2 de out. de 2011

Geniun - o novo joelho biônico da Otto Bock chega ao Brasil


A Otto Bock – líder mundial no desenvolvimento e comercialização de órteses e próteses ortopédicas – acaba de lançar no mercado brasileiro a Geniun – a primeira prótese de perna para amputados transfemurais com tecnologia biônica. A proposta é oferecer ao usuário o que há de mais próximo do movimento humano natural atualmente disponível. Com a chegada da Genium, a computadorizada C-Leg – que durante muitos anos reinou absoluta como o principal produto da companhia – deixa de ser a perna mecânica mais moderna do mundo.
O novo joelho (foto) foi oficialmente apresentado esta semana no II Congresso Latino-Americano e VII Congresso Brasileiro de Ortopedia Técnica, que a Abotec vai promove até este sábado, dia 1º, em Natal, capital do Rio Grande do Norte. No vídeo abaixo, produzido pelo site Amputados Vencedores, o brasileiro Ezequiel Costa – o primeiro felizardo do país a utilizar a prótese -, demonstra as principais funcionalidades do equipamento. O joelho Genium ajuda o usuário a fazer movimentos rápidos e complexos, como mudar de velocidade, por exemplo, passar com facilidade sobre obstáculos, e até andar para trás e subir escada alternadamente, funções não permitidas pelos demais joelhos, incluindo o C-Leg.
Mesmo com o ‘lançamento’ do Genium no congresso da Abotec em Natal, a prótese continuará em testes avançados, devendo estar disponível comercialmente somente a partir do próximo ano.


12 de ago. de 2011

Prótese Transtibial com sistema de encaixe tipo VÁLVULA DE EXPULSÃO



O sistema de Válvula de Expulsão é um sistema de expulsão de ar, ou seja, todo ar que se apresentar na parte interna do encaixe é expelido para fora por uma válvula introduzida na parte externa do mesmo. O Liner modela-se junto ao coto graças ao sistema a vácuo proporcionando sempre um bem estar ao seu usuário. Este liner pode ser em silicon gel ou em poliuretano. Vantagens:  Sem Pistonamento entre coto e Encaixe; conexão prefeita da prótese ao coto; melhora a Circulação Sanguínea.  Esse sistema é composto por um liner, a válvula de expulsão e uma joelheira em gel.


Prótese Transtibial com sistema Shuttle Locks


Os sistemas de liners estão entre as maiores conquistas da moderna tecnologia ortopédica. Graças ao sistema de encaixe adesivo de silicone, o paciente pode usar a prótese sem problemas por longos períodos de tempo. Para fazê-lo, basta vestir o membro residual com o liner macio e flexível e colocar a prótese. Desta forma, a pele sensível é efetivamente protegida contra os pontos de pressão. O liner de silicone garante que o membro residual tenha ótima adesão no encaixe e, portanto, reduz a incômoda fricção. Para uso diário ou em exigências especiais, os liners de silicone oferecem um alto grau de conforto ao usuário. Há uma ampla variedade de liners de silicone para atender às suas necessidades e exigências especiais. O liner possui um pino que é encaixado a um adaptador denominado shuttle lock integrado ao encaixe que seguram e soltam com o apertar de um botão. Vantagens:  Alto nível de conforto para o usuário;  Garante um firme encaixe do membro residual no soquete; aumentam o tempo de uso da prótese; protegem o membro residual contra pontos de pressão; material agradável à pele com pino de fixação na extremidade distal.


21 de jul. de 2011

Novas Próteses Transtibiais


Ocorre secção dos ossos tíbia e fíbula (entre o tornozelo e o joelho), podendo ser classificada em três níveis de acordo com o comprimento do coto: terço proximal (curto), medial e distal (longo). A permanência do joelho facilita muito a reabilitação e deambulação desses pacientes. De um modo geral, esse nível de amputação é comum entre os idosos devido a problemas vasculares e entre jovens devido a acidentes.

Neste nível é conta-indicada a descarga de peso distal, porém o contato total entre a região distal do coto e o cartucho deve ser realizado. Cuidados devem ser tomados com as deformidades em flexão de joelho para não comprometer a qualidade da marcha do amputado. Diferentes tipos de suspensão podem ser utilizados nas próteses, como por exemplo, suspensão supracondiliana, coxal, por silicon liner ou a vácuo (Harmony). A escolha dependerá da avaliação específica de cada paciente. É importante após avaliação individualizada, prescrever componentes compatíveis com o peso e grau de atividade de cada amputado. Destaque deve ser dado aos pés mecânicos com laminas em carbono com movimentos multiaxiais.

A conexão entre o joelho e o pé é feita através de diferentes tipos de adaptadores. O revestimento cosmético em espuma recebe um acabamento individualizado, dando um aspecto mais natural à prótese. 












Depois das ultrapassadas próteses transtibiais (PTB, PTC, KBM)... As novas  próteses estão se popularizado no mercado, cada vez mais modernas e sofisticadas trazem mais conforto e mobilidade ao usuário. falaremos da nova geração de próteses nos postes a seguir.

26 de jun. de 2011

Inclusão Social



Incluir quer dizer fazer parte, inserir, introduzir. Inclusão é o ato ou efeito de incluir.
Assim, a inclusão social das pessoas com deficiências significa torná-las participantes da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da Sociedade, do Estado e do Poder Público. A inclusão é um processo que acontece gradualmente, com avanços e retrocessos isto porque os seres humanos são de natureza complexa e com heranças antigas, têm preconceitos e diversas maneiras de entender o mundo. Assim sendo, torna-se difícil terminar com a exclusão e mesmo existindo leis contra a mesma, não são leis que vão mudar, de um dia para o outro, a mentalidade da sociedade assim como o seu preconceito.

As sociedades antepassadas não aceitavam a deficiência, provocando uma exclusão quase total das pessoas portadoras desta. As famílias chegavam mesmo a escondê-las da convivência com outros, isolando-as do mundo. Felizmente, o mundo desenvolveu levando a uma maior aceitação da deficiência devido ao aparecimento de novos pensamentos e mentalidades. Estas transformações aconteceram, em grande maioria, no final do século XIX e começo do século XX na Revolução Industrial, com o aparecimento do interesse pela educação nos países desenvolvidos. Esse interesse provocou o início do atendimento aos deficientes, bem como o aparecimento da educação especial destinada a um movimento de inclusão escolar e social.
Assim a sociedade aprendeu a ser mais inclusiva,compreensiva e solidária com a deficiência.
Hoje, as crianças com deficiência frequentam a escola, saem a rua, brincam, vivem como uma criança dita “normal”. No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer para que todas as pessoas se sintam integradas e apoiadas por todo o mundo.

Vários países já criaram leis que protegem os deficientes e que os incluem na sociedade. Um deficiente deve ser considerado um cidadão, isto é, um indivíduo que pode gozar dos seus direitos civis, políticos, econômicos e sociais de uma sociedade assim como deve cumprir os seus deveres para com esta.
Um cidadão deve ter dignidade, ter honra e ser respeitado por qualquer outro, ou seja, todos os deficientes têm direito a ser respeitados pois também são cidadãos. Alguns dos objetivos de vários países são:
• “Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”;
• “Construir uma sociedade livre, justa e solidária”;
• “Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”;

A expressão “bem de todos” indica que os direitos e deveres da sociedade pressupõem que todos são iguais perante a lei.
No entanto, as pessoas com deficiência possuem necessidades diferentes o que as tornam especiais. Desta forma, é importante existir direitos específicos para as pessoas portadoras de deficiência, direitos que compensem, na medida do possível, as limitações e/ou impossibilidades a que estão sujeitas.

Existem muitas leis, no entanto, as atitudes de rejeição criam barreiras sociais e físicas que dificultam o processo de integração. Isto deve-se ao fato da sociedade possuir um modelo de Homem, ou seja, cada pessoa elege um padrão e todos os que fujam a ele são olhados de má forma. Um bom exemplo disto são os deficientes que, por vezes, também são olhados na rua como algo diferente, talvez por fugir ao modelo de Homem estabelecido por cada um. A dificuldade de ultrapassar este modelo de Homem acontece por certas pessoas considerarem outras “menos inteligentes” (como pode acontecer com os deficientes mentais, por exemplo).

Como sabemos, e como já foi referido, são inúmeros os obstáculos existentes para os deficientes, sendo a inclusão escolar uma das grandes barreiras no nosso país.
“Uma escola para todos e para cada um” é um grande objetivo a cumprir para a inclusão. Uma escola que acolhe as diferenças, que colabora, que convive será um bom princípio para combater a exclusão social. Dividir a escola em termos de alunos “normais” e alunos “deficientes” não é certamente um princípio inclusivo e o objetivo pretendido.
O caminho para termos uma sociedade incluída será, provavelmente, aprofundar a Educação Inclusiva apoiando todos os alunos com dificuldades, dando-lhes uma educação de qualidade num ambiente comunitário e diverso.

Falta de respeito com Deficiente Físico em Campina Grande



Determinadas pelo Decreto Lei 5.296/2004 e concedidas em localizações estratégicas, as vagas de estacionamento destinadas aos portadores de deficiência física geralmente são ocupadas por pessoas que não necessitam deste benefício. Em Campina Grande, são recorrentes os flagrantes de irregularidades. Passando pelas ruas centrais da cidade, é fácil observamos automóveis sem identificação nesses espaços. Conforme o operador de Zona Azul Gredistone Soares, o desrespeito a esse direito dos deficientes ocorre com muita frequência na cidade. Ele conta que as desculpas dadas pelos motoristas para justificar o erro são as mais variadas possíveis, como por exemplo, que vão permanecer pouco tempo no local ou que não sabiam que o espaço era reservado. Entretanto, Gredistone denunciou que muitas pessoas sabem da norma e ocupam a vaga por saberem que não serão punidas. “Tem gente que diz que não sabe, mas muitas pessoas sabem e botam porque não há fiscalização. Há uma rua da cidade que lojistas ocupam a vaga durante todo o dia e não acontece nada. Se a STTP quisesse, multava todos os dias por esse motivo”, revelou.

A denúncia foi confirmada pela Associação dos Portadores de Deficiência e Familiares (Apdefif). O presidente da entidade, Francisco de Assis do Nascimento, criticou o desrespeito por parte dos condutores de automóveis que não são portadores de deficiências físicas e usurpam esse benefício dos que necessitam.

Francisco relatou que os cadeirantes de Campina Grande estão tendo dificuldades de encontrar estacionamento porque muitos comerciantes do município se aproveitam das vagas reservadas. Segundo ele, os lojistas chegam cedo, colocam o carro no local e só deixam o espaço no final do expediente, atrapalhando a vida dos que necessitam das vagas.

Ele foi contundente ao afirmar que a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) do município não realiza a fiscalização a contento, deixando de punir os infratores. “Os comerciantes usam mais essas vagas que os próprios deficientes, mas o problema é que a STTP não fiscaliza, ela se omite dessa função. Não há justificativa para isso, porque eles têm um cadastro de todos os portadores de deficiência da cidade e é responsabilidade deles fiscalizar, mas, infelizmente, isso não é feito”, lamentou.

 STTP afirma que a lei “dificulta” a fiscalização 
A legislação que estabelece o número de vagas para portadores de deficiências, segundo a gerente de Transportes da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos, de Campina Grande, Marília Santiago, determina que não apenas condutores, mas qualquer veículo que transporte uma pessoa com deficiência tem direito de utilizar o espaço reservado. Na avaliação dela, essa disposição dificulta o trabalho de fiscalização dos agentes de trânsito.

Marília reconheceu que essa é uma questão ainda em aberto e que precisa de uma regulamentação mais padronizada, “pois, desta forma, os agentes não têm como identificar, a não ser que ele esteja presente no momento em que o condutor chega para estacionar o carro e verifique se o veículo está ou não transportando deficientes físicos”, comentou.

Uma nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamenta que as credenciais e as placas de sinalização deverão ser padronizadas e terão validade em todo o país. A gerente da STTP informa que o órgão já determinou um estudo jurídico sobre como vai proceder e que medidas deverá tomar para regularizar a situação em Campina Grande.

Ela explicou que a Superintendência irá primeiro regulamentar a identificação desses veículos, disciplinar a questão dos condutores com direito às vagas e depois realizar o cadastramento de todos os beneficiários. “Nós temos um prazo para se adequar a essas novas normas e já estamos vendo, juridicamente, como vamos disciplinar isso. Será feito um chamamento e cadastrados todos os veículos de condutores ou que transportam pessoas com deficiência, para facilitar a fiscalização dos nossos agentes”, garantiu.
Associação Comercial desconhece “ocupação”
Após um plano do governo federal, que facilitou o acesso a automóveis por parte dos portadores de deficiência física, a frota na cidade aumentou e as vagas destinadas a esse público específico não acompanharam a demanda.

Segundo o agente de trânsito Patrício Barros, o número de estacionamentos para deficientes em Campina Grande não é suficiente para atender à demanda, fora isso, são recorrentes os casos de infração, onde motoristas que não têm esse direito ocupam esses espaços. “É comum registrarmos essa irregularidade, mas quando percebemos a infração autuamos o condutor que está descumprindo a lei, porque já houve uma campanha de educação sobre a legislação de trânsito, durante seis meses, e esse erro acontece por falta de observação da sinalização”.

Patrício Barros reconheceu que na Praça da Bandeira, e nas ruas João Pessoa, Maciel Pinheiro e Peregrino de Carvalho, no Centro da cidade, são os locais onde esse problema é mais frequente. Esses mesmos pontos foram citados pelo presidente da Apdefif.

Já a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, através de um de seus diretores,  afirmou que não tem conhecimento dessas denúncias e não acredita que empresários  estejam ocupando vagas reservadas aos deficientes. Ele ressaltou que essa fiscalização deve ser reforçada pela STTP e sugeriu que a Prefeitura Municipal deveria criar mais vagas, tanto para deficientes, quanto zonas verdes e azuis, para amenizar o problema do trânsito na cidade.

Leis Pertinentes aos Deficientes Físicos


Estas leis foram fornecidas pela comissão dos direitos da Pessoa com deficiência da OABSP

LEI Nº 7.405, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1985.
Torna obrigatória a colocação do ‘’Símbolo Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências.

LEI Nº 7.752, DE 14 DE ABRIL DE 1989.
Dispõe sobre benefícios fiscais na área do imposto sobre a renda e outros tributos, concedidos ao desporto amador.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989.
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.

Estatuto da Criança e do Adolescente
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

LEI Nº 8.160, DE 8 DE JANEIRO DE 1991.
 Dispõe sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva.

DECRETO No 129, DE 22 DE MAIO DE 1991.
Promulga a Convenção nº 159, da Organização Internacional do Trabalho - OIT, sobre Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes.

Lei Orgânica da Seguridade Social
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.

DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999.

Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.

LEI No 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000.
Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências.

LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

LEI No 10.226, DE 15 DE MAIO DE 2001.
Acrescenta parágrafos ao art. 135 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui o Código Eleitoral, determinando a expedição de instruções sobre a escolha dos locais de votação de mais fácil acesso para o eleitor deficiente físico.

Lei de Líbras
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Líbras e dá outras providências.

Estatuto do Idoso
LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003.
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.

LEI No 10.845, DE 5 DE MARÇO DE 2004.
Institui o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência, e dá outras providências.

DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.
Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

LEI Nº 11.126, DE 27 DE JUNHO DE 2005.
Dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia.

LEI Nº 11.133, DE 14 DE JULHO DE 2005.
Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência.

Art. 1o É instituído o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, que será celebrado no dia 21 de setembro.


Leis do deficiente: